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terça-feira, 12 de abril de 2011

SUCESSO!!!!!

Não tenho palavras para expressar nossa alegria em obter sucesso com a campanha destinada a trazer Andrea Koga e sua família do Japão. Cada um fez um pouco, fez a sua parte, mesmo que isto não significasse ajudar financeiramente.

E é desta forma que podemos fazer com que o mundo seja um local cada vez melhor para se viver - cada um fazendo um pouquinho e conseguindo alcançar uma grande meta!

Amigos foram imprescindíveis nesta hora - pessoas que nem ao menos nos lembrávamos fizeram questão de deixar sua marca, sua pequena contribuição. Muitas vezes nos esquecemos de pequenos gestos que fizemos no passado e é devido a eles que conseguimos sucesso no presente. Esta é a vida. Isto se chama SOLIDARIEDADE. Isto se chama AMOR AO PRÓXIMO.

Obrigada a todos que ajudaram de alguma forma.

Mel

TOTAL ARRECADADO: R$8.750,00 \o/
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I do not have words to express our joy in getting success with the campaign to bring Andrea Koga and her family from Japan. Each one made a little, made what they can, this not means to help financially.

And with such a way that we can make that the world can be a place to live better than ever - each one making his part and getting to reach a great goal!

Friends had been essential in this hour - people that we didn´t remember in them were sure to leave their mark, their small contribution. Many times we forget of small attitudes that we made in the past and must they who we obtain success in the present. This is the life. This calls SOLIDARITY. This calls LOVE ONE TO OTHER.

Thank you so much to all people that help us in some way.

Mel

TOTAL THAT WE GOT: U$5.536,00 \o/

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Japão - Exemplo para o Mundo!

Monja Coen Sensei é missionária oficial da tradição Soto Shu - Zen Budismo com sede no Japão e é a Primaz Fundadora da Comunidade Zen Budista, criada em 2001, com sede em Pacaembu.
Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro. 

Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.

Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?

Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.
Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras. A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima. A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas. Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.

Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.

Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos – mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.

Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.

Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.

Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.

Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.
O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.

Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.

Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que "somos um só povo e um só país".

Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.

Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.

Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.

Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.

Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.

Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.

Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.
Mãos em prece (gassho)
Monja Coen

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sobre os brasileiros ainda no Japão

Um excelente dia para vocês!

Infelizmente não podemos dizer a mesma coisa de nossos amigos e compatriotas residentes no Japão. Estou há semanas tentando enviar dinheiro para uma amiga residente FORA da área de risco (isto é o que eles dizem mas o que ela me diz é que estão sem água e sem comida). Brasileira, casada com japonês e com dois filhos - uma de 12 e outro de 9 anos. O passaporte está vencido e não há nenhuma forma de se enviar dinheiro para ela pagar as taxas devidas e nem ao menos as taxas podem ser pagas aqui no Brasil.

Já tentei enviar por Western Union mas tive de pedir para o dinheiro retornar porque ela não conseguiria chegar a Tokyo para retirar o dinheiro (perdi quase 80 reais nisso).

Mesma coisa a conta do Banco do Brasil - meu marido fez uma transferência direta da conta dele no BB para a dela (que seria Tokyo mas ela não tem acesso visto que as estradas estão destruídas) há 1 semana e o dinheiro nem saiu da conta. Ninguém do BB sabe explicar nada e perdemos a oportunidade dela poder renovar os passaportes através do Consulado Itinerante que passou nos dias 25 e 26 em Takaoka-Shi, onde ela vive.

As autoridades brasileiras, por sua vez, parecem não estar nem um pouco preocupadas com nosso povo.

Passaportes expirados, sem dinheiro, sem comida, sem água, mas um restinho de esperança de que uma luz possa surgir no fim do túnel e que surja uma oportunidade deles retornarem ao Brasil.

Tenho algum dinheiro que conseguimos arrecadar com alguns amigos mas ainda falta muito para conseguir comprar as passagens. De qualquer forma, não há nenhum meio de se enviar o dinheiro para ela e estou fazendo uma "poupança" com tudo que temos conseguido arrecadar para ver se a "luz" aparece.

Como a esperança é a última que morre (mesmo que a gente morra primeiro), não custa tentar enviar este e-mail aos amigos, autoridades e imprensa, na tentativa de se abrir os olhos de todos e, quem sabe, encontrar uma saída para traze-los de volta!

terça-feira, 15 de março de 2011

Esperança...


“ Quando a dor chegar para você,
serei a promessa de alívio e renovação.
Se o cenário se converter em noite escura,
serei a estrela-guia para o rumo certo.
Quando a fadiga se apresentar,
serei o abrigo seguro e específico.
Quando os conflitos se fizerem presentes,
serei a indicação para a calma e a fraternidade.
Em todos os momentos, desejo ser sua companheira fiel.
Sou amiga de todos, embora quase sempre
encontre guarida entre os crentes e idealistas.
Hoje, bato à sua porta.
Não me recuse morada em seu coração.
Onde chego, renovo os pensamentos e vivifico
a certeza no futuro melhor.
Sou irmã do otimismo e filha da confiança em Deus.
Agora, sou também sua irmã.
Dê-me sua mão.
Venha comigo.
Meu nome é ESPERANÇA. ”

( Scheilla / Clayton B. Levy - 'A Mensagem do Dia' )

Minha mensagem hoje vai para o povo sofrido do Japão, em especial à minha querida amiga Andrea Koga que tem passado lá por momentos de angústia para conseguir trazer de volta sua família para o Brasil.
Beijo ENORME tb para minha amiga e cantora de Bossa Nova preferida - Kate Koyama - que acaba de me enviar notícias de lá! \o/
Que os bons espíritos estejam presentes em todos os lares, fazendo com que nossos amigos possam superar este terrível momento de provação em suas vidas, trazendo-lhes ESPERANÇA ao seus corações.
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