
Moro em Copacabana e fico torcendo para a época de Reveillon e Carnaval passarem BEM rápido!
Excelente e matéria de Ruth de Aquino, da Revista Época, sobre o inferno dos Reveillons. Palavras dela que eu assino embaixo:
"A PM vetou os shows em Ipanema e no Flamengo porque se disse incapaz de garantir a segurança nesses dois bairros. Significa então que, em Copacabana, a PM acha que pode garantir a segurança. É isso mesmo?
E se houvesse um plebiscito no bairro do Rio que concentra mais idosos? Será que a população de Copacabana preferiria algo menos mega? Será que técnicos de acústica deveriam ser consultados previamente? “No Brasil, existe uma cultura musical: quanto mais alto o som, não importa o estilo, melhor o show. Tudo então, quando é público, precisa ser gigantesco, monstruoso, para impressionar. Ninguém se preocupa com o respeito ao próximo. Seria fundamental que a Prefeitura fizesse um estudo de impacto da poluição sonora, na tentativa de amenizar os prejuízos causados pelo som excessivo. E monitorasse”, diz Castro Pinto.
Som muito alto provoca estresse e fadiga mental, aumenta a pressão arterial e a pressão sanguínea e contribui para o surto de brigas e confusões, especialmente se o show se arrasta por nove horas. O Réveillon no Rio já foi considerado, no passado, um momento de trégua, um intervalo de paz. O modismo dos megaeventos por todo o país, não só no Rio, revela falta de civilidade e de educação. O espaço público vira uma zona.
Adianta falar? No Brasil, quem reclama por seu direito é um chato. Os incomodados que se mudem de Copacabana. "
Há uns 3 anos atrás, colocaram um trio elétrico na esquina da Miguel Lemos (as famigeradas bandinhas tb são um porre!). Caixas de som de milhões de decibéis e minha mãe doente, janelas completamente fechadas e o som parecia estar dentro do quarto dela. Meu marido foi até lá pedirem para abaixarem o som e quase foi apedrejado! Um senhor falou para ele - "Os incomodados que se mudem!" - exatamente como na matéria da Ruth... E, infelizmente, esta é a verdade - ninguém respeita mais ninguém, os idosos não tem vez e se concordamos com isto somos chamados de "velhos"; todo mundo se esquece de que um dia alguém de sua família poderá estar usando uma cadeira de rodas e estacionam de qualquer forma, em qualquer lugar, ruas esburacadas,etc.
Sinceramente, não vejo a hora de ir embora daqui!
Apesar do meu protesto solidário à Ruth, deixo aqui os melhores votos de um Ano Novo cheio de boas novidades, saúde, amor e principalmente, respeito com o próximo!
Beijo no coração
Mel